Domingos Tadeu/PR
O que Lula vai fazer da vida depois que passar a faixa presidencial ao sucessor, em janeiro de 2011?
A julgar por uma notícia veiculada pelo diário britânico “The Times”, Lula estaria tramando converter-se secretário-geral da ONU.
O mandato do atual ocupante da cadeira, Ban Ki-moon, expira no final de 2011. Daí a especulação.
O jornal escora a notícia em declarações de diplomatas cujos nomes são omitidos. Cita, de resto, Nicolas Sarkozy.
Diz que o presidente da França teria lançado o nome de Lula para a ONU numa reunião de cúpula do G20, em setembro.
Ouvido, o ‘chanceler do B’ Marco Aurélio Garcia, assessor internacional de Lula, não admitiu o interesse do chefe. Tampouco refutou a idéia. Ao contrário:
“Ele [Lula] tem um grande interesse em questões internacionais, no processo de integração da América do Sul...”
“...Ele tem uma grande paixão pela África. Ele realmente quer fazer algo para ajudar a África”.
Se o boato virasse fato, Lula teria contra si a má vontade de dois países com peso para vetá-lo.
Grã-Bretanha e EUA torcem o nariz para as últimas desventuras internacionais do presidente brasileiro.
Afora o rebuliço causado pela aproximação de Lula com o Irã, o “The Times” atribui a Hillary Clinton um comentário desairoso sobre Oriente Médio.
A secretária de Estado norte-americana teria considerado as iniciativas de Lula para promover a paz entre judeus e palestinos como coisas “risivelmente ingênuas”.
Seja como for, a notícia que chega de Londres vai tonificar em Brasília o ciclo de meditações sobre qual será o pós-Lula do próprio Lula.
Escrito por Josias de Souza às 07h55
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